Câmara homenageou mais seis com cidadania na última solene do ano
A Câmara Municipal realizou nesta quarta-feira, 18, sua décima segunda sessão solene, a última de 2024, para entrega de títulos de cidadania itapirense. Os homenageados da noite, pelos relevantes serviços prestados à comunidade itapirense, foram: os guardas municipais Mirovaldo Farabello e Paulo Adriano Dias dos Santos; o enfermeiro Paulo Roberto de Oliveira Preto; o secretário municipal da Saúde Vladen Vieira e os irmãos empresários Flávio Diego Mariano e Ricardo Alessandro Mariano, proprietários da Soberano Grill.
A sessão foi comandada pelo vereador Luan dos Santos Rostirolla (PSD) e contou com a presença dos vereadores André Siqueira (MDB), Fábio Galvão dos Santos (PSD), Carlos Alberto Sartori (PSDB), Elisabeth Donisete Manoel (MDB) e Carlos Briza (PP). O vice-prefeito Mário da Fonseca também esteve presente representando o prefeito Toninho Bellini.
Após o recebimento do título, todos os homenageados puderam fazer uso da palavra. Em sua maioria agradeceram os vereadores pela deferência e demonstraram imensa gratidão ao povo de Itapira pelo caloroso acolhimento na cidade.
“Vocês são merecedores da nossa eterna gratidão, respeito e admiração pela importância e grandeza do trabalho que desenvolveram e até hoje desenvolvem em benefício da nossa cidade e do nosso povo. A Câmara Municipal se orgulha agora de lhes outorgar, solenemente, como determinam as regras legais e regimentais desta Casa, o mais que merecido Título de Cidadão Itapirense”, destacou o presidente da sessão vereador Luan Rostirolla.
“O conceito de cidadania evoluiu muito através dos tempos. Na Grécia antiga, nos primórdios da civilização, só era considerado cidadão aquele que havia nascido de pais atenienses, com certa condição financeira e após completar 21 anos. Ou seja, escravos, mulheres e comerciantes não tinham este direito. Era um conceito elitista. Já na Roma antiga, sob o comando do Império Romano, por haverem muitas conquistas de territórios, nós já temos um critério completamente diferente, onde cidadão aquele que pertencia ao território conquistado. Chegamos ao final da década de 80, após promulgação da Constituição Federal, onde ao editar a Lei Orgânica dos municípios se falava em cidadãos escolhidos pelo Poder Legislativo que tenham prestados relevantes serviços à comunidade. E eu diria que até início dos 2000 esta cultura esteve arraigada no nosso Legislativo municipal, de que só poderia ser cidadão itapirense àquela pessoa que prestou brilhante serviço à nossa comunidade, e isso também continha um caráter elitista, e talvez, por isso, poucos títulos de cidadania haviam sido entregues nesta época. Só quem era muito bem sucedido financeiramente ou profissionalmente tinha este direito”, destacou o vice prefeito Mário da Fonseca.
E completou: “Mas a nossa sociedade evoluiu ainda mais e o nosso Legisladores acompanharam esta evolução. Para vocês terem uma ideia, hoje nós estamos aqui realizando a 12ª sessão solene, onde muitas pessoas passaram a receber este título. Para alguns pode parecer que tenha sido banalizado, mas o que houve foi uma evolução da interpretação de um artigo da lei, uma evolução da sociedade e dos nossos legisladores, que passaram a enxergar que para ser cidadão itapirense não são apenas alguns que realizaram serviços fora do comum, do normal, que pertencem à elite financeira, não, cidadão itapirense, com legitimidade, também são aquelas pessoas que se destacaram na sua função, que vieram da sua cidade natal e aqui fincaram raízes, se apaixonaram pela nossa cidade e desenvolveram seu trabalho com muito amor, com muito carinho, com muita competência, como é o caso dos homenageados nesta noite”, finalizou Fonseca.